A Secretaria do Trabalho, Desenvolvimento Social, Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (Sedestmidh) participou do Fonatrans – Fórum Nacional de Travestis Transexuais Negras e Negros com a ótica “Minha cor é a minha identidade”. O evento que iniciou na segunda-feira e termina hoje (6) debateu sobre as bandeiras das instituições presentes com o intuito de fomentar políticas para o segmento. Ludmylla Santiago, assessora técnica da Diretoria de Redes Sociais da Sedestmidh e mulher trans, representa o órgão no fórum e respondeu algumas questões sobre o encontro.
Quais as principais discussões?
As mesas debateram sobre racismo e interseccionalidade de gênero, classe social, identidade de gênero, tecnologias do SUS e importâncias para a comunidade trans negra, ideias para o futuro do movimento trans e trans negro, doenças que atingem a população negra, prevenção e tratamentos. Na terça-feira aconteceu uma conversa superinteressante sobre a possibilidade de denúncia do movimento LGBT na Comissão Interamericana de Direitos Humanos.
Qual o seu sentimento em relação ao evento?
O evento faz com que a Sedestmidh, que está representando o Governo de Brasília, tenha uma visão mais ampla dos problemas e dificuldades enfrentadas diariamente pela população determinada.
Quantos estados estão representados?
19 estados.
Cada um está sendo representado por uma liderança de travestis, mulheres transexuais e homens trans.
As lideranças presentes são as seguintes: IBRAT – Instituto Brasileiro de Transmasculinidade, ANTRA – Associação Nacional de Travestis e Transexuais, REDEAFROLGBT, ANAVETRANS – Associação do Núcleo de Apoio e Valorização à Vida de Travestis, Transexuais e Transgêneros do DF e Entorno, ULTRA – União Libertária de Travestis e Transexuais (Unb)
Quantas pessoas participam do evento?
25 pessoas
Qual a finalidade do evento?
A Sedestmidh entra com intuito de entender mais as discussões, assim a pasta pode trabalha-las e promover políticas públicas e melhorias a população travesti e transexual negra e negro.
Por que travestis e trans negras e negros representam uma parcela da população mais vulnerável no Brasil?
Por questões das invisibilidades que o segemento acaba sofrendo. Por exemplo, não temos vários estudos ou pesquisas que façam o recorte das identidades de gênero com as questões étnicos raciais. E isso faz com que várias questões não tomem dimensão paarq eu políticas públicas aconteçam.
Então, uma das razoes do evento é também promover pesquisa para este segmento social?
Não necessariamente promover, mas fomentar, articular e acompanhar.
Por: Camila Piacesi