Nessa quarta-feira, 13, a secretária de Estado da Mulher, Olgamir Amancia Ferreira, participou da comemoração do Dia Internacional da Mulher BRB, que aconteceu na sala Villa Lobos, do Teatro Nacional. O intuito da atividade era confraternizar com as servidoras e os servidores do banco e chamar a atenção pelo significado da data: a luta das mulheres por espaços na sociedade.
A mulher tem enfrentado diversas discriminações e adaptações em relação aos chamados afazeres puramente femininos, como cuidar de casa e da família. A mulher conseguiu superar dificuldades e ainda administrar o tempo a favor de suas atividades, para que as questões familiares não entrem em conflito com questões profissionais e sociais. A mulher ainda é alvo de grande discriminação e por isso enfrenta o grande desafio de mostrar que apesar de frágil é ainda forte, ousada e firme na tomada de decisões, quando necessário.
Em seu discurso, a secretária de Estado da Mulher do Distrito Federal, Olgamir Amancia Ferreira, lembrou que a mulher tem marcado as últimas décadas, mostrando que competência no trabalho também é um grande marco feminino. “Apesar de ser taxada como sexo frágil, a mulher tem se mostrado forte o bastante para encarar os desafios propostos pelo mercado de trabalho com convicção e disposição. A sensibilidade da mulher tem grande colaboração nas influências humanas que se tenta propagar na atualidade, pois, como se sabe, o mundo passa por transformações rápidas e desastrosas que precisam de mudanças imediatas”, refletiu.
O presidente do BRB, Paulo Roberto Evangelista de Lima, reforçou o entendimento da secretária. Para ele, a ascensão da mulher no mercado de trabalho ainda não é acompanhada de um processo de redefinição das relações de gênero satisfatório. “Ainda há um distorção com relação à divisão sexual do trabalho, tanto no âmbito da vida privada, quanto no processo de formulação de políticas públicas. Ainda há muito por fazer em termos de reconhecimento e oportunidades para a mulher no Brasil. Mas com todo o esforço que vem sendo feito pelo governo federal e pelo GDF, essa situação desigual não vai durar muito tempo”, avaliou.
História do 8 de março – No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.
A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano. Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o “Dia Internacional da Mulher”, em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela Organização das Nações Unidas – ONU.