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8/06/15 às 21h48 - Atualizado em 29/10/18 às 11h14

Lançada frente parlamentar contra a violência à mulher

Representantes do governo compareceram ao evento e reforçaram a ideia

Brasília (8/6/2015) – Foi lançada na manhã desta segunda-feira (8), em sessão solene na Câmara Legislativa, a frente parlamentar de combate à violência contra a mulher. A solenidade, iniciativa do deputado Júlio César, contou com a presença de várias representantes do governo de Brasília e de organizações de defesa dos direitos femininos, que lotaram o plenário.

“O objetivo da frente é trabalhar em conjunto com diversos órgãos em busca da efetiva aplicação dos direitos da mulher. A violência pode se manifestar de várias formas, com diferentes graus de gravidade. Geralmente, ela acontece em episódios repetitivos, que costumam ser encobertados pelo silêncio”, afirmou o distrital.

Segundo dados da Polícia Civil do Distrito Federal, a média de registros de casos relacionados à Leia Maria da Penha, que pune crimes contra a mulher, é de 14 mil por ano, quase dois casos por hora. Só em janeiro deste ano, foram feitos 1.214 registros. Planaltina, Ceilândia e Gama lideram o ranking.

A secretária de Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos do DF, Marise Nogueira, que compôs a mesa, defendeu a necessidade de se combater a violência contra a mulher, que chamou de “patologia ainda fortemente presente na sociedade”.

Ela destacou que o DF é referência nas ações de proteção à mulher. A Semidh, listou ela, mantém o disque direitos humanos da mulher (156-6), a Casa Abrigo, os centros especializados de atendimento à mulher (Ceam) e os núcleos de atendimento à família e autores de violência doméstica (Nafavd).

Agora mesmo, reforçou a secretária, o governo de Brasília, em parceria com o governo federal, acaba de inaugurar a Casa da Mulher Brasileira, que reúne num só lugar todos os serviços de atendimento à mulher vítima de violência – delegacia de polícia, promotoria, defensoria, juizado especializado, atendimento psicossocial e apoio na área de autonomia econômica.

Ela disse que as ações pela equidade de gênero, pelo respeito aos direitos das mulheres e contra a violência doméstica não são exclusivas de uma única secretaria, mas fazem parte do esforço conjunto de parceiros de várias áreas, como segurança pública, saúde, educação, esporte e cultura, cujos representantes também participaram da solenidade e falaram de seus projetos durante o lançamento da frente.

Ao comentar as raízes da violência doméstica, a secretária afirmou que ela ocorre em todos os lugares, independentemente de etnia, classe social, nível cultural e condição econômica, mas atinge mais fortemente as mulheres negras que, além do machismo, patriarcalismo e sexismo, são vítimas do racismo, e as mulheres com deficiência e idosas, mais fragilizadas fisicamente e alvo de discriminação e exclusão.

Por fim, a secretária parabenizou os deputados pela criação da frente parlamentar e disse que o combate à violência doméstica não é tarefa apenas de mulheres, mas, também, dos homens.  

Ascom Semidh – 3961-1782 – com Comunicação da CLDF e Renata Parreira (Semidh)

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