Mostra de mulheres designers teve o apoio da Semidh
No último sábado (7), a Secretaria de Políticas para Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (Semidh), promoveu a Mostra Designers do DF no Mezanino da Torre de TV. Com onze expositoras diferentes, o evento, que fez parte do “Março de Todas as Mulheres”, contou também com a abertura da exposição Pequim+20, da ONU Mulheres Brasil.
Segundo Ana Julieta Teodoro, coordenadora de Promoção de Políticas para as Mulheres da Semidh e curadora da mostra, as expositoras convidadas têm uma proposta identitária com o DF, com uma produção que é a cara de Brasília.
“São mulheres nascidas aqui, que participam dos movimentos de ocupação dos espaços públicos e têm uma relação com a cidade e com o DF como um todo. Além de serem mulheres que produzem roupas, sapatos, móveis, jóias, bijus e acessórios, são pessoas que têm uma participação na cena cultural local, pensando cultura num sentido mais amplo”, disse ela.
Estilista autodidata, filha de uma modelista, Fernanda Ferrugem é bastante conhecida em Brasília, mas nunca havia exposto no Mezanino da Torre. Há 15 anos com um ateliê no Guará, ela emprega duas costureiras diaristas e comemora a “fase madura”.
“Nasci no meio dos tecidos. Sempre foi um trabalho muito natural, que agora está sério. As pessoas estão falando muito de crise por aí, mas eu acho que vai ser o ano de marcas como a minha, mais voltadas para o conceito do produto artístico, não só para a venda em si. Estamos em destaque. É o momento de nos firmarmos”, afirma Fernanda.
O bom momento nos negócios também é vivido pela Cia do Lacre, associação de 32 mulheres, que fazem bolsas e outros objetos com a técnica de crochê em lacre.
Rosângela Fernandes – uma das mais antigas integrantes, há 15 anos na Cia – aponta as exportações do produto como um diferencial do grupo, que tem um cliente fixo nos EUA e já exportou para Alemanha e Itália.
“Existem pessoas que fazem um trabalho parecido com o nosso. Mas temos o diferencial do controle de qualidade. Para ele sair para fora do Brasil não pode ter nem um lacre arranhado. Temos duas pessoas só para fazer esse controle”, ressalta Rosângela.
No mesmo espaço da Mostra, a exposição Pequim+20 da ONU Mulheres Brasil apresenta quatorze painéis com os temas prioritários para a igualdade de gênero no mundo – resultantes da 4ª Conferência Mundial sobre as Mulheres da ONU, de 1995 – na visão de grafiteiras do DF.
“Em 2015, Pequim completa 20 anos. Então há toda uma mobilização e uma discussão em torno da plataforma de ação, que são muito interessantes. A exposição está nesse contexto e ficará na Torre até o final do mês”, conclui Ana Julieta.
Também participaram como expositoras Clarice Gonçalves; Eunice, da Fulanitas e Tal; Fabiana Simões, da Vidreiras; Fernanda Gelli, da RecriaMundo; Leisa Santos, da Artesania Bolsas; Nina Coimbra, da DFeito; Raquel Brasil, da Trilha; Rosângela, da Frida Sem Calo; e Samara, da Psiquê.
Clique aqui para ver galeria de imagens.
Ascom Semidh
3961-1782 e 3425-4779