A Secretaria de Estado da Mulher do Distrito Federal lamenta profundamente o falecimento da jovem Fernanda Grasielly de Almeida Alves, 24 anos, brutalmente assassinada pelo ex-companheiro. A secretária Olgamir Amancia se solidariza com familiares e amigos.
Mais uma vez a cultura machista, patriarcal, patrimonial, onde o homem não vê a mulher como ser de direito, mas sim como objeto, como algo que lhe pertence, configura-se como o alicerce onde se ancora a violência doméstica e familiar. Trata-se da cultura da dominação que é fundamentada nas relações de poder, que busca nas diferenças biológicas, raciais, étnicas e culturais a justificativa para a desigualização, para a subjugação de uma pessoa à outra.
A Lei nº 11.340, publicada no dia 7 de agosto de 2006, mais conhecida como Lei Maria da Penha, tirou da obscuridade uma dura realidade vivida (e escondida) nos lares brasileiros. Afinal, as modificações penais trazidas pela lei endureceram o tratamento à agressão doméstica contra a mulher – fato, até pouco tempo atrás, considerado normal para uma sociedade patriarcal. Entre outras mudanças, a norma tipificou cinco formas de violência doméstica e familiar contra a mulher – violência física, violência psicológica, violência sexual, violência patrimonial e violência moral.
O esforço do Governo do Distrito Federal em trazer para a esfera pública um problema que antes era tido como privado, fez com que os casos de violência doméstica e familiar ganhassem mais repercussão na mídia. Vidas como as de inúmeras Fernandas dependem de políticas públicas que contribuam para a construção de uma cultura de equidade entre homens e mulheres, que rompam com a lógica da mulher como objeto, como propriedade, que superem todas as formas de intolerância às diferenças. O combate à violência contra a mulher e à desigualdade de gênero é um dever de todas e todos. E, nesse sentido, o GDF tem se mobilizado de forma contundente, evidenciando a sua responsabilidade para com a parcela feminina da população e para as futuras gerações de mulheres e homens do Distrito Federal.
O enfrentamento à violência é um desafio assumido pelo Estado que precisa, em contrapartida, que ocorra a denúncia por parte das mulheres. Nesse sentido, a Secretaria da Mulher reforça que as mulheres ao serem ameaçadas devem procurar, com urgência, a delegacia mais próxima, pois a denúncia é fundamental para interromper o ciclo da violência. É a partir da denúncia que podemos agir e concretamente interferirmos sobre essa realidade impedindo que mais e mais mulheres morram.