O Assédio Moral e Sexual no Trabalho em relação `as mulheres é um problema de relevância e que se detecta em todos os níveis sociais e, além fronteira.
No Brasil, há ainda um sistema patriarcal que coloca a mulher em uma função de apoio e isso a expõe à essa modalidade de violência.
A discussão sobre o assunto foi tema de uma palestra e, em seguida, um debate na manhã de hoje na Casa da Mulher Brasileira.
A palestra foi ministrada pela Procuradora Regional do Trabalho, Adriane Araújo, Doutora em Direito pela Universidade Complutense de Madrid.
É autora do livro Assédio Moral Organizacional. O tema é referenciado em revistas especializadas e em vários artigos assinados por Adriane Araújo.
“É uma violência e ainda os registros são velados porque as mulheres silenciam quanto a questão, pois dentro da situação, na sociedade que se vive, a situação é acolhida de forma intrínseca e, não é para ser assim. Essa injustiça, se perpetua muito através das violências moral e sexual que interferem no desempenho do trabalho. A mulher tem o mesmo espaço, a mesma liberdade que o homem e deve ter o reconhecimento no trabalho. Mas, o que se observa é que nem sempre o reconhecimento é igual e, de modo geral, recebem um salário menor que os homens. O trabalho delas, mesmo com qualificação superior, é desvalorizado frente ao trabalho masculino”, relatou a Procuradora Regional do Trabalho.
” Precisamos combater esses dois modelos de violência para que a mulher tenha a liberdade no seu trabalho , dar visibilidade à essas questões para que a trabalhadora tenha o seu espaço reconhecido, dentro da sociedade”, reassaltou Adriane Reis Araújo.
A recomendação é que em situação de violência a mulher recorra ao sindiciato de sua categoria, ao Ministério Público , do Trabalho e também, entrar com uma reclamação trabalhista para indenização por danos morais, sempre que houver um caso de discriminação ou violência dentro do ambiente de trabalho.
O evento fez parte de um ciclo de palestras dentro do Mês da Mulher, e contou com a presença das Secretárias da Sedestmidh, Ilda Peliz, das pastas das mulheres, Joana Mello e Raissa Rossiter, da Coordenadora da Casa da Mulher, Margareth Teixeira e da Procuradora do Trabalho no DF, Ludmila Reis, além de representantes da sociedade civil.
Por Claudia Miani