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4/12/13 às 12h19 - Atualizado em 29/10/18 às 11h13

Olgamir participa de debate sobre emprego doméstico

Discussão marcou a abertura de mostra de cinema na CLDF

Mostra de cinema na CLDF

Doméstica, de Gabriel Mascaro, foi uma das películas escolhidas para a abertura da 8ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul. A secretária Olgamir Amancia, a convite do presidente da CLDF, deputado Wasny de Roure (PT), assistiu ao documentário e, na sequência, participou do debate “Repressão de trabalhadores: registro, memória e verdade”.

No documentário, sete adolescentes assumem a missão de registrar, por uma semana, a sua empregada doméstica e entregar o material bruto para o diretor realizar um filme com essas imagens. Entre o choque da intimidade, as relações de poder e a performance do cotidiano, o filme lança um olhar contemporâneo sobre o trabalho doméstico no ambiente familiar e se transforma num ensaio sobre afeto e trabalho.

Para Olgamir, o documentário retrata uma realidade vivida por inúmeras empregadas domésticas: “elas são consideradas pessoas 'da casa, da família', mas vive no quartinho dos fundos e não compartilha dos privilégios de classe dos patrões. Por isso, não é incomum notar que para parte da sociedade, os afazeres domésticos não são vistos como trabalho, são considerados como funções naturais da mulher”, constatou a secretária de Estado.

Hoje, as empregadas domésticas representam 7,2 de milhões de trabalhadoras no Brasil, um número expressivo que justifica pesquisas que possibilitem espaços para ouvi-las. Estas pessoas, principalmente as mulheres, oriundas de camadas sociais desfavorecidas, exercem um trabalho desqualificado e desvalorizado socialmente e poucas são ouvidas, principalmente no que se refere à sua vida privada. No Brasil, o trabalho doméstico teve avanços entre as ocupações femininas na década de 90, devido ao declínio de oferta de emprego nas fábricas e comércio.

Além de Olgamir Amancia, participaram da abertura o diretor do documentário Brasília, segundo Feldman, Vladimir Carvalho; o presidente do Conselho Curador de Cultura da Câmara Legislativa, Andrés Ibarra, e as organizadoras da mostra Cleide Soares e Margarette Resende.

Sobre a mostra – No mês em que se comemora o aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Câmara Legislativa realiza uma série de debates a partir da exibição de documentários que compõem a 8ª Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul. A entrada é franca e as atrações seguem até o dia 6.

A abertura da mostra ocorreu nessa terça-feira, 3, com o documentário Brasília, segundo Feldman, de Vladimir Carvalho, que traz, entre outros temas, o massacre de operários na Vila Planalto, em 1959 – um episódio sombrio da construção de Brasília.

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