Pré-natal qualificado é melhor forma de se prevenir
Brasília (29/05/2015) – Realizar um correto acompanhamento pré-natal é a melhor maneira de diminuir a quantidade de mortes maternas — falecimentos causados por problemas relacionados à gravidez ou ao parto ou ocorrido até 42 dias depois.
A análise foi feita pela Secretaria de Saúde, na manhã de quinta-feira (28), durante a divulgação do estudo Mortalidade Materna no Distrito Federal, elaborado pela Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) com dados de 2009 a 2013.
Na entrevista coletiva, a companhia informou que o DF registrou 106 óbitos no período e que, no último ano pesquisado, foi registrada uma leve alta no número de mortes em relação aos anos anteriores.
Apesar da elevação nos casos, com 53,9 registros a cada 100 mil nascidos vivos, Brasília está abaixo da média nacional — de 58,1 —, mas ainda distante do aceitável pela Organização Mundial de Saúde (OMS), de até 20 óbitos. Em todo o País, nenhum estado se aproxima desse número. Santa Catarina, com 28,1, tem o melhor índice entre as unidades da Federação. O DF aparece em 10º lugar no ranking.
Quanto à faixa etária, o maior percentual de óbitos (54,2%) está no intervalo de 30 a 39 anos, constatado em 2009. O menor se apresenta, no mesmo ano, entre as adolescentes, com 4,2%, o que corresponde a menos de 20 a cada 100 mil nascidos vivos.
Em relação ao indicador raça (cor), 75% dos registros em 2013 referem-se a mulheres negras. “Observamos que ainda existem questões relacionadas à discriminação. Também podemos destacar a necessidade de pensar iniciativas para humanizar cada vez mais o atendimento a essas grávidas”, enfatizou Ana Julieta Teodoro, coordenadora de Promoção de Políticas para Mulheres da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos.
O estudo da Codeplan mostra ainda que, anualmente, mais de 3 mil internações por aborto são registradas em Brasília. Apenas em 2009, a rede de saúde do DF recebeu 4.698 pacientes nessas condições. O total do período 2009-2013 chegou a 23.008 casos. “É um número com chances de ser maior, pois nem sempre as mulheres revelam as razões e as condições que a levaram a perder o feto”, comentou a gerente de Estudos e Análises Transversais, Jamila Zgiet.
Ascom Semidh com informações publicadas no site da Codeplan