Nesta quarta-feira, 14, a Secretaria de Estado da Mulher do Distrito Federal realizou mais uma edição do Mutirão Rede Mulher nas comunidades tradicionais. A ação foi realizada em parceria com a Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial para levar informação, formação e cidadania às moradoras da cidade do Itapoã. A ocasião permitiu que os participantes debatessem e refletissem sobre as questões de gênero e raça.
“Os mutirões funcionam como instrumentos de divulgação das políticas públicas e de apoio à mobilização comunitária. Nesses encontros, procuramos dar todas as informações para que se percebam o verdadeiro papel delas na sociedade. Elas não podem ser obrigadas a desempenharem um papel de subserviência. Elas devem ser senhoras do próprio destino”, explicou a secretária da Mulher, Olgamir Amancia Ferreira.
Os mutirões têm objetivo de levar às mulheres residentes nas localidades prioritárias do programa informações acerca da Lei Maria da Penha, especialmente sobre as várias formas de violência contra a mulher, e dos serviços especializados de atendimento à mulher vítima de violência. Os mutirões se propõem, ainda, a funcionar como instrumentos de divulgação das políticas públicas que beneficiam diretamente as mulheres e como instrumentos de apoio à mobilização comunitária das mulheres para a adesão às políticas públicas do GDF e outras instituições.
A dona de casa Vilma Rosa Firme de Lima lembrou que a mulher já conseguiu romper muitas barreiras para conseguir seu espaço na sociedade. Para ela, é fundamental que a população feminina seja consciente de sua condição e seus direitos para continuar ganhando cada vez mais espaço na sociedade. “É importante, principalmente, quando se fala da conscientização. Mas não só isso. Essa atividade também traz mais espaço para colocar o que se passa na vida de cada uma aqui. Aqui, a gente compartilham experiências de vida e debatemos. É importante conscientizar a população sobre direitos, tanto masculinos quanto femininos. Isso, acima de tudo, é um direito humano. Essa atividade é um caminho para amenizar nossa carência de informações”, avaliou.
A atividade promoveu o diálogo entre a comunidade acerca de temas voltados para a questão da mulher, como a difusão de informações sobre a Lei Maria da Penha e o apoio às políticas públicas que beneficiam as mulheres do Distrito Federal. O mutirão contou, ainda, com palestras sobre temas sobre a igualdade de gênero e raça, as várias formas de violência contra a mulher e os serviços especializados para atendimento das vítimas. Assuntos como sexualidade, machismo, patriarcalismo e a situação da mulher negra também estiveram na pauta dos debates.
O “Mutirão de Informação, Formação e Cidadania – As Mulheres dão as Cartas nas Comunidades Tradicionais” é uma transferência de tecnologia que a Secretaria da Mulher faz em parceria com a Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial do Distrito Federal (SEPIR-DF). Estas comunidades tradicionais incluem organizações religiosas, quilombolas e terreiros.
“Esta articulação da Secretaria da Mulher com a SEPIR proporciona a oportunidade de desenvolver um trabalho específico para cada comunidade que visitamos. Desta forma, temos condições de criar uma programação detalhada sobre as questões de gênero e condição das mulheres que vivem nestas organizações tradicionais”, acrescenta a subsecretária de Políticas para as Mulheres, Sandra Di Croce Patricio, lembrando que, neste ano, as Secretarias já realizaram três muitrões, atingindo mais de 100 pessoas.