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10/06/14 às 19h21 - Atualizado em 29/10/18 às 11h14

Secretária vai a Brazlândia para ver de perto a “Escola Candanga”

A educação integral, segundo ela, abre espaços para as questões de gênero e reforça os direitos da mulher

Professora da rede pública de ensino, a secretária da Mulher, Valesca Leão, acompanhou nesta terça-feira (10), de manhã, a visita de integrantes da Rede de Observação do Pacto pela Educação Integral à Regional de Ensino de Brazlândia. O objetivo foi ver de perto a execução do projeto de educação integral “Cidade Escola Candanga”.

Brazlândia é a primeira cidade a receber o projeto da Secretaria da Educação. Além do turno normal, as escolas de educação integral desenvolvem num turno extra atividades culturais, esportivas e de cidadania, buscando dar uma visão mais ampla do conhecimento aos alunos. A intenção do governador Agnelo Queiroz é estender essa política para todo o Distrito Federal.

“A educação integral é muito importante também do ponto de vista do gênero, pois permite, por exemplo, o ensino dos direitos da mulher como uma atividade extracurricular. Além disso, os alunos permanecem na escola nos dois turnos. Com isso, as mães ficam mais à vontade para trabalhar, garantindo assim a sua autonomia e emancipação”, disse Valesca.

Durante a visita, a secretária e os demais integrantes do grupo foram recebidos pela coordenadora Regional de Ensino de Brazlândia, professora Marcia Moreira. Após uma rápida palestra sobre o projeto, eles percorreram corredores, salas e espaços de convivência do Caic, que fica ao lado e aplica a educação integral. Na escola, as crianças entram no início da manhã e saem no final da tarde e têm quatro refeições ao dia.

Além do ensino formal, elas têm ainda aulas de dança, capoeira e línguas, entre outras atividades extracurriculares. No momento da visita, uma turma do ensino fundamental assistia a um filme num amplo espaço com telão.

Segundo Marcia Moreira, 21 das 28 escolas de Brazlândia já adotam a “Escola Candanga”. No total, são atendidos 4.900 alunos. Mas, esse número deve crescer logo. Já a partir do segundo semestre, informou, o projeto vai atingir a totalidade das escolas da região que têm matriculados, ao todo, 8 mil alunos da educação infantil e básica (creche e ensinos fundamental e médio).

Para isso, estão sendo criados novos equipamentos públicos como uma escola parque, no local onde hoje existe uma chácara, um minicentro de ensino de línguas (inglês e espanhol), ginásio e centro olímpico para a prática de esportes e mais uma biblioteca. Esses locais serão usados para as atividades complementares.   

O que é – A política de educação integral “Cidade Escola Candanga” está prevista no Pacto pela Educação Integral, aprovado pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do DF. Busca oferecer uma educação pública de qualidade baseada nas condições da cidade e nas necessidades dos alunos e de suas famílias.

Para isso, segundo a Secretaria de Educação, o projeto ratifica o entendimento de que a cidade pode constituir-se num “espaço educador que possibilita o encontro dos sujeitos históricos e que faz da escola arena de aprendizado político e pedagógico”, como defendem especialistas da área.

Essa política é baseada em informações levantadas por meio de diagnósticos cujos indicadores sociais apontam para as reais necessidades da Região Administrativa e das escolas vinculadas à Coordenação Regional de Ensino.

Assim, a formação dos indivíduos não se restringe ao espaço físico escolar. Integra, também, a vida comunitária no que diz respeito à administração local e ao envolvimento e à articulação de todas as instituições e associações públicas e privadas, tornando a educação pública, de fato, um direito do cidadão.

A proposta de “Cidada Escola Candanga” do DF é baseada nos ideais de Darcy Ribeiro e Anísio Teixeira, dois dos maiores educadores do Brasil. O primeiro criou os Ciep (Centro Integrado de Educação Pública), nos anos 80, durante o governo Brizola no Rio de Janeiro; o segundo difundiu, já nas décadas de 20 e 30, o conceito da Escola Nova, que enfatiza o desenvolvimento do intelecto e da capacidade crítica do aluno, em detrimento da memorização, a famosa “decoreba”.

Ascom SEM-DF
3961-1782 e 3425-4779

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