Governo do Distrito Federal
29/10/12 às 16h04 - Atualizado em 29/10/18 às 11h13

Seis mil adultos alfabetizados por programa do GDF

A secretária de Estado da Mulher do Distrito Federal, Olgamir Amancia, participou, no último sábado, na Escola de Aperfeiçoamento dos Profissionais da Educação (Eape), da formatura de seis mil adultos – na grande maioria pessoas acima dos 50 anos de idade – inscritos no programa DF Alfabetizado.

A meta do Governo do Distrito Federal é erradicar, até 2014, o analfabetismo no DF, onde existem atualmente cerca de 60 mil pessoas que não sabem ler nem escrever ou que nunca receberam educação formal. Nessa primeira etapa, três mil adultos foram aprovados pelo DF Alfabetizado, e outros três mil pelo sistema de Educação de Jovens e Adultos (EJA). Os cursos começaram em fevereiro deste ano e formaram 170 turmas em nove regiões administrativas. Na segunda etapa, prevista para começar em dezembro, o objetivo será ensinar mais 10 mil adultos a ler e escrever, em 14 regionais de ensino.

Na solenidade de encerramento da primeira fase do DF Alfabetizado, o governador Agnelo Queiroz, acompanhado da primeira-dama, Ilza Queiroz, destacou o compromisso do GDF com a educação. “Nós temos todas as condições materiais e humanas de erradicar o analfabetismo até 2014, e o programa DF Alfabetizado é uma das prioridades do governo para chegarmos a esse momento”, ressaltou o governador.

Agnelo também destacou a grande quantidade de mulheres formandas na solenidade. Para ele, investir na qualificação e na capacitação das mulheres do Distrito Federal é uma forma concreta de oferecer a elas oportunidades de emancipação e autonomia. “O acesso à educação por parte das mulheres foi um direito adquirido e vocês devem lutar por ele. Com certeza, continuaremos investindo em políticas públicas, por meio da Secretaria da Mulher, que promovam o empoderamento de todas vocês”, afirmou o governador.

Desafio – Para o secretário de Educação, Denilson Bento da Costa, o grande desafio das próximas etapas do programa é ampliar o público com mais de 50 anos. “Normalmente, são aqueles que já possuem uma certa estabilidade na vida, ou que acreditam que não é mais possível aprender. Mas depende deles dar o primeiro passo, para que possamos ajudá-los”, afirmou.

A cozinheira Raimunda Nonata Xavier, 57 anos, está entre os seis mil adultos recém-alfabetizados pela ação do GDF. “Eu tinha vergonha de dizer que não sabia ler e escrever, apenas cozinhar. Mas agora estou alfabetizada, e ainda vou chegar à faculdade”, garantiu Raimunda.

Ao final do curso, os adultos recebem um certificado e uma carta de conclusão, que possibilita a matrícula na rede pública de ensino.

Inovação – O Distrito Federal é a única unidade da Federação que, além de manter um programa de alfabetização completo, há três meses, também oferece aos alfabetizadores a complementação de um salário mínimo. A inovação é fruto do decreto assinado pelo governador Agnelo Queiroz no ano passado, previsto no programa DF sem Miséria. O objetivo é instituir políticas de transferência de renda, formar de mão de obra qualificada e garantir acesso da população a serviços públicos de qualidade, para erradicar também a pobreza extrema no Distrito Federal.

“Foi uma luta de 27 anos para chegar a esse momento, mas finalmente o DF oferece essa garantia, única no país, para contribuir ainda mais com a educação dos adultos”, comemorou a presidenta do Centro de Educação Paulo Freire, Marlene Torres.

Também prestigiaram a solenidade os secretários de Desenvolvimento Social e Transferência de Renda, Daniel Seidel; de Administração Pública, Wilmar Lacerda; além do deputado distrital Chico Vigilante e do diretor de Políticas de Alfabetização de Jovens e Adultos do Ministério da Educação, Mauro José da Silva, entre outras autoridades.

Com informações da Agência Brasília

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