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5/08/15 às 18h19 - Atualizado em 29/10/18 às 11h14

Semidh e HUCB oferecem atividades para portadores de Alzheimer

Música, dança e contato fazem parte da programação, que começa nesta sexta-feira (7)

Uma parceria entre a Secretaria de Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (Semidh), por meio da Coordenação de Promoção dos Direitos das Pessoas Idosas (Codipi), e o Hospital da Universidade Católica de Brasília (HUCB) oferecerá atividades gratuitas para pessoas idosas lesadas pela doença de Alzheimer. O primeiro encontro será nesta sexta-feira (7), a partir das 14 horas, no hospital, que fica em Taguatinga.

Os encontros ocorrerão sempre às sextas-feiras, durante o período de um ano. O espaço comporta até 30 doentes, acompanhados de seus cuidadores. “Nossa proposta com esta parceria é estimular a afetividade, o aprendizado constante e o convívio social., situações fundamentais para o envelhecimento saudável”, afirma o coordenador da Codipi, Valério Tomaz.

Podem participar dos encontros não só os portadores da doença, mas também cuidadores e familiares. A coordenadora do projeto pela Universidade Católica, professora Lucy Gomes, explica também que é importante a participação de crianças que sejam da família ou que conheçam os doentes. “O estímulo afetivo remete a pessoa a momentos importantes, apagados pela doença”, relata.

O projeto trabalha com o auxílio da música, da dança, do toque e do carinho, que propiciam aos pacientes comunicação não verbal, por meio das expressões faciais e das atitudes corporais. “Esta é a chamada biodança. Assim, é possível que se consiga diminuir os transtornos comportamentais que freqüentemente atormentam as pessoas idosas com a demência”, explica a professora.

Uma das explicações para o bom resultado é que as ondas sonoras provocam as ondas cerebrais, fazendo com que os doentes recuperem sensações e sentimentos esquecidos. Os exercícios são realizados utilizando músicas, preferencialmente da época deles. Além de promover uma melhora na saúde do paciente, o objetivo é dar mais qualidade de vida ao cuidador.

Lucy Gomes lembra que o trabalho já é realizado há quatro anos. Nos grupos anteriores, verificou-se que os pacientes com demência melhoram seu comportamento, diminuindo a ansiedade e agressividade, e também o déficit de memória. Verificou-se ainda, após exames de sangue, melhoras na imunidade, o que favorece a diminuição do número de infecções.

Estímulo e terapia – A biodança foi criada na década de 1960 pelo psicólogo e antropólogo chileno Rolando Toro como uma forma de dar mais qualidade de vida a seus pacientes. A técnica mistura exercícios e música para melhorar a saúde, a comunicação e estimular a criatividade. A biodança trabalha com cinco linhas: vitalidade, sexualidade, criatividade, afetividade e transcendência.

Carol Sales da Mota
Assessora de Comunicação Social
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