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1/07/15 às 22h06 - Atualizado em 29/10/18 às 11h14

Simpósio discute atendimento a idosos vítimas de violência

Entre as propostas apresentadas para melhorar a rede de assistência, estão capacitar os servidores e ampliar a divulgação dos serviços

Brasília (01/07/2015) – Melhorar o atendimento aos idosos em situação de violência, ampliar a divulgação dos serviços disponíveis a esse segmento e capacitar os servidores que atuam na área. Essas foram algumas das conclusões do simpósio “Enfrentamento à Violência contra Pessoas Idosas”, encerrado nesta quarta (1º), na Associação de Aperfeiçoamento de Profissionais da Educação (Aepe), na 907 Sul.

Promovido pela Coordenação de Promoção de Direitos das Pessoas Idosas (Codipi), da Secretaria de Políticas para as Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos (Semidh), o evento, que teve início na terça (30), reuniu, durante dois dias, gestores de várias secretarias, representantes do Ministério Público, dirigentes de entidades da sociedade civil, grupos de voluntários e especialistas para discutir o funcionamento da rede de atendimento ao idoso no DF.

Na solenidade de abertura, realizada no Memorial JK, na manhã de terça-feira, os convidados citaram números da versão mais recente do Mapa da Violência contra a Pessoa Idosa, que aponta aumento de 46% nas denúncias – 3.052 casos em 2013 contra 2.089 registros em 2012.

Para a titular da Promotoria de Justiça da Pessoa Idosa, Sandra Julião, o aumento dos casos não representa apenas uma maior disposição em denunciar, mas, também, o recrudescimento do problema. “Por essa razão, vamos discutir políticas públicas; não adianta trabalhar apenas na repressão, é preciso discutir as causas”, ressaltou.

Participação – No seu discurso, a secretária da Semidh, Marise Nogueira, disse que um dos objetivos do simpósio é, justamente, permitir que gestores e sociedade civil conheçam melhor a realidade dos idosos e a rede de atendimento e lancem propostas de melhoria dos serviços. “A participação das pessoas na definição dessas políticas públicas é fundamental”.

Segundo ela, uma sociedade inclusiva só é construída por meio de um processo democrático, em que todos os lados são ouvidos. “Precisamos garantir os direitos dos idosos e combater também a violência institucional”, afirmou.

O presidente do Conselho dos Direitos do Idoso do DF, Francisco Wiechter, lembrou que a violência concentra-se nas relações interpessoais, especialmente no ambiente doméstico e, por isso, não apenas o idoso, mas toda a família necessita de acompanhamento. “Precisamos entender melhor a dinâmica dessa violência e montar uma rede de atendimento integrada e consistente”, defendeu.

Participaram ainda da abertura do simpósio a esposa do governador e colaboradora do governo, Márcia Rollemberg; a representante da Secretaria de Segurança Pública e da Paz Social, Deise Luci de Andrade; e a coordenadora da Proteção Social Especial da Secretaria de Desenvolvimento Humano e Social, Juliana Benício, entre outras autoridades.

Mesa-redonda – Na tarde da terça, no mesmo local, foi promovida mesa-redonda sobre “Estratégias de enfrentamento e articulação em rede”. Cada palestrante teve vinte minutos para fazer uma apresentação. Em seguida, houve debate. Participaram, entre outros, representantes da Codeplan, Polícia Civil, PM e das secretarias de Saúde e de Desenvolvimento Humano e Social.

Nesta quarta, as atividades foram transferidas para a sede da Aepe e constaram de debates, palestras e oficinas. As conclusões do simpósio serão compiladas e vão servir para a definição e aperfeiçoamento das políticas públicas para o setor. O evento marcou o encerramento das atividades alusivas ao Dia de Conscientização da Violência contra o Idoso (15 de junho), realizadas durante todo o mês passado pela Codipi. 

Ascom Semidh
3971-1782

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