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Maria da Penha ONLINE Governo do Distrito Federal
21/09/12 às 17h16 - Atualizado em 29/10/18 às 11h13

Delegações dos EUA e do Haiti conhecem rede de enfrentamento à violência contra a mulher do DF

Especialistas de justiça e segurança pública dos Estados Unidos e do Haiti realizaram, nesta semana, visitas à Casa Abrigo e ao Centro de Referência de Atendimento à Mulher Ieda Santos Delgado. A missão técnica faz parte da negociação de projeto de cooperação trilateral – entre Brasil, Estados Unidos e Haiti – na área jurídico-policial para enfrentamento da violência contra a mulher.

Na terça-feira, 11, a secretária de Estado da Mulher, Olgamir Amancia; a secretária-adjunta, Valesca Leão; a subsecretária de Enfrentamento à Violência, Silvânia Matilde; e a coordenadora do Programa de Abrigamento da Secretaria da Mulher, Karla Valente, apresentaram as instalações da Casa Abrigo para a comitiva. Além de conhecerem as instalações do espaço, foi explicado ao grupo como funciona o processo de inserção e permanência no local.

Na ocasião, a comitiva foi presenteada com camisetas confeccionadas pelos filhos das abrigadas. Com o auxílio das pedagogas e com a utilização de lápis, lixa de madeira nº 150, giz de cera, camiseta branca, ferro de passar e termolina, eles produzem as estampas que enfeitam as camisas.

Hoje pela manhã, a delegação foi ao Centro de Referência de Atendimento à Mulher Ieda Santos Delgado, localizado na estação do metrô da 102 Sul, para conhecerem de perto como funciona este primeiro atendimento prestado às mulheres, sejam elas vítimas de violência doméstica ou não. Segundo a comitiva, o diagnóstico da realidade brasiliense poderá servir como base para negociação de cooperação trilateral na área jurídico-policial para enfrentamento da violência contra a mulher.

A secretária Olgamir Amancia acredita que o trabalho desenvolvido no Distrito Federal servirá como um bom modelo para os futuros projetos que poderão ser criados no Haiti, por meio desta cooperação trilateral. “A preocupação do Governo do Distrito Federal no que se refere ao atendimento à mulher é evidente. Além de uma pasta específica para propor políticas públicas que promovam a emancipação e autonomia das mulheres, a rede de enfrentamento à violência contra a mulher do DF é muito consolidada e, futuramente, será mais ampla. Tenho certeza de que a comitiva sairá do país tendo o Distrito Federal como uma referência”, destaca a secretária.

Para o comissário principal e diretor da Polícia Nacional do Haiti (PNH) para Planejamento e Desenvolvimento, James Boyard, as ações implementadas no Distrito Federal para o combate à violência contra a mulher são exemplares. Ele destaca a boa estrutura da Casa Abrigo e a forma em que os atendimentos são oferecidos na instituição. “É muito bem ver que, em um só local, essas mulheres têm acesso à quase todas, se não a todas, as políticas que o estado oferece e lhe assegura”, observou.

Até amanhã, as comitivas estrangeiras vão acompanhar, em Brasília, o funcionamento de Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher, Instituto Médico Legal, Serviço Hospitalar de Atenção Integral à Mulher Vítima de Violência Sexual, Juizado Especial de Violência Doméstica e Familiar Contra a Mulher, projeto de Promotoras Legais Populares e programas comunitários.

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