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Maria da Penha ONLINE Governo do Distrito Federal
4/07/13 às 15h36 - Atualizado em 29/10/18 às 11h13

Encontro comemora os 30 anos do ingresso feminino na polícia

Nessa segunda-feira, 2, a secretária de Estado da Mulher do Distrito Federal, Olgamir Amancia Ferreira, participou da abertura do III Encontro para Mulheres da Segurança Pública, ocorrido no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. O evento teve o objetivo de promover palestras e atividades para atualizar, instruir e incentivar o debate entre as profissionais de Segurança Pública, com foco na trajetória da mulher na Polícia Militar. Na ocasião, também foram comemorados os 30 anos da entrada da primeira turma feminina policial.

Para a secretária Olgamir Amancia, ter mulheres em postos de trabalho que eram dominadas por homens é uma evolução que também se faz presente nas corporações policiais. “A conquista de cargos hierárquicos mais altos era só uma questão de tempo. No começo, as mulheres assumiram posições nas áreas administrativas. Hoje, temos delegadas, tenentes e demais mulheres que ocupam espaços de liderança dentro das organizações de segurança pública”, lembrou.

O comandante-geral da Polícia Militar do Distrito Federal, coronel Joziel de Melo, reconheceu os bons serviços prestados pelas policiais nesses 30 anos dentro da corporação. Ele reforçou o discurso da necessidade de igualdade entre os gêneros em todas as áreas de trabalho. “Nossos objetivos ainda não alcançaram sua plenitude porque homens e mulheres não aprenderam a caminhar juntos”, avaliou.

Também fizeram parte da mesa da solenidade a primeira-dama do DF, Ilza Queiroz; o chefe da Casa Militar, tenente-coronel Leão; a coronel Solange Lima, da Polícia Militar do Estado do Piauí (primeira mulher coronel da história da corporação); a deputada federal Érika Kokay; a delegada-chefe da Delegacia Especial de Atendimentos às Mulheres (DEAM), Ana Cristina de Melo; e a secretária Nacional de Segurança Pública, Regina Miki.

Saiba mais – O ingresso de mulheres na segurança pública fortaleceu-se em meados da década de 1980. Contudo, o marco histórico da ocupação, por mulheres, dos cargos mais altos de instituições de segurança pública em diversos estados brasileiros deu-se a partir da primeira década do século XXI.

A pesquisa “Mulheres nas Instituições de Segurança Pública”, da Secretaria Nacional de Segurança Pública, descreve que a entrada das mulheres nas Instituições de Segurança Pública e, particularmente, nas forças policiais, teve como objetivo melhorar a relação das instituições com a sociedade. Afastar a imagem de truculência, corrupção e abusos que acompanham a história dessas instituições constituiria o efeito esperado dessa presença feminina nos quadros policiais. Para isso, as mulheres deveriam estar em contato com o público, especialmente com aquele público que necessita de assistência e proteção, os vulneráveis, como as mulheres, crianças e idosos.

Ainda de acordo com a pesquisa, no decorrer dos anos, ainda que timidamente, o número de mulheres vem crescendo nas Instituições de Segurança Pública. Nas Polícias Militares e Bombeiros Militares o ingresso ainda é controlado por cotas em vários estados brasileiros, o que faz com que a entrada de mulheres seja reduzida e os quadros femininos se ampliem lentamente. Além disso, as cotas aplicadas para os cursos de formação de oficiais também criam barreiras para que essas mulheres possam acender aos postos mais elevados da hierarquia.

Em março de 2012, o Corpo de Bombeiros Militar do Distrito Federal foi pioneiro ao criar o primeiro Conselho de Direitos da Mulher Bombeira Militar do país. O objetivo do órgão consultivo é como finalidade formular diretrizes e promover políticas para garantir os direitos das mulheres no âmbito da Corporação.

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