Evento aconteceu no Museu de Arte de Brasília e apresentou exposição de produtos de alunas e professoras do projeto
O evento de encerramento do projeto Mulheres Hipercriativas foi marcado por muita emoção. Durante a cerimônia, que aconteceu no Museu de Arte de Brasília, foram entregues os certificados para professoras, e as embaixadoras do projeto receberam o selo de reconhecimento pelo apoio à iniciativa. Além disso, foi realizada a 1ª Feira de Negócios da Mulher Hipercriativa, uma oportunidade de ver um pouco do trabalho criativo das participantes.
Em um ano de atividades, o Mulheres Hipercriativas contou a participação de mais de 2 mil inscritas. Foram oferecidos mais 32 cursos de formação na área de economia criativa, como gastronomia, gestão financeira, literatura, moda, organização de eventos, vendas e marketing e fotografia.
A Secretária da Mulher, Ericka Filippelli, aproveitou a ocasião para celebrar a união de forças entre governo, organização internacional e sociedade civil. “O Mulheres Hipercriativas trouxe uma nova perspectiva e esperança em um momento difícil de pandemia, quando nos unimos para capacitarmos mais de 2 mil mulheres, e, assim, oferecermos a elas uma nova visão de mercado e de mundo. Fica aqui o desejo que seja apenas o início desse grande projeto”.
As mulheres foram as mais impactadas pela pandemia. Segundo dados mais recentes divulgados pelo IBGE, apenas 39,7% estavam formalmente empregadas em 2020, sendo que mais da metade da população feminina estava fora do mercado de trabalho formal. “Foi assim que surgiu a ideia do Mulheres Hipercriativas, num contexto em que era urgente oferecer oportunidades de capacitação e aperfeiçoamento profissional. Isso tem promovido um efeito estrutural na vida dessas mulheres, de suas famílias e da sociedade”, o diretor da OEI Brasil, Raphael Callou.
Para uma das idealizadoras do projeto, Sandra Sérgio coordenadora de Projetos Especiais da OEI Brasil, um dos principais objetivos foi alcançado, o de criar uma rede de mulheres hipercriativas do Distrito Federal. “São mulheres empreendedoras de vários segmentos da economia criativa, onde há um enorme potencial de autonomia da mulher e de fortalecimento das economias locais”.
Um mundo de oportunidades
Jacqueline de Âlcantara é estilista e foi uma das professoras-facilitadores. Em suas oficinas ela ensinou o processo de confecção de bolsas até o desenvolvimento de uma coleção inteira. “Foi um trabalho muito bem planejado, pois, muitas vezes, essas mulheres já possuem o talento, falta apenas a informação de como lançar e vender seus produtos de acordo com o que o mercado pede”.
Para a pedagoga e administradora Edna Maia Ribeiro da oficina de abertura e administração de salões de beleza, foi desafiador para todas as participantes manter o engajamento devido ao momento delicado que o mundo vive em decorrência da pandemia. “Um momento marcante foi quando uma aluna chegou até mim e disse que iria desistir. Mas no dia seguinte ela estava presente novamente e relatou que o filho dela falou: ‘mãe, você não pode dar mal exemplo para mim, não desista, eu te ajudo nas atividades’, e isso mostra que a gente atingiu as pessoas verdadeiramente”.
A aluna Dalvani Caldas encontrou no Mulheres Hipercriativas as ferramentas que faltavam para alavancar as vendas de seus bolos caseiros e artesanais. “Depois do curso de empreendedorismo digital eu tive outra percepção sobre meu negócio, nem rede social em tinha, e hoje eu tenha a liberdade de expor o meu produto com qualidade de imagem e me aproximar do cliente mesmo trabalhando online”.
Sobre o projeto
O projeto é uma realização da Organização dos Estados Ibero-americanos, para a Educação, a Cultura e a Ciência (OEI) junto com a Secretaria da Mulher do Governo do Distrito Federal (GDF) e conta com apoio da Secretaria Especial da Cultura, vinculada ao Ministério do Turismo.
O projeto contou com o apoio voluntário de 100 empreendedoras que receberam o título de embaixadoras criativas e foram responsáveis por motivar e inspirar outras mulheres a partir de suas próprias trajetórias profissionais.
Além disso, 32 professoras-facilitadoras foram selecionadas para conduzir as oficinas de capacitação. Elas receberam treinamento pedagógico para aperfeiçoar a técnica de condução da metodologia utilizada nas oficinas.
Devido à pandemia de COVID-19 as aulas foram ministradas no modelo à distância.