Mães de santo pedem mais respeito à diversidade religiosa
Brasília (25/11/2013) – Mulheres de várias cidades do DF, praticantes de religiões de origem africana, entre elas mães de santo, participaram na tarde desta segunda-feira (25), Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, de mais uma edição do projeto Roda de Conversa, da Secretaria da Mulher do DF, no Centro de Referência de Atendimento à Mulher (Cram), na estação do Metrô, na 102 Sul.
O evento, que teve como tema “Mulheres de terreiro”, foi mais uma atividade para comemorar a data, que abre oficialmente a campanha dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher. A campanha, que busca combater a violação dos direitos femininos, é uma ação global e segue até 10 de dezembro, Dia Mundial dos Direitos Humanos (Leia abaixo).
Recepcionadas pela secretária da Mulher do DF, Olgamir Amancia, e pela subsecretária de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, Silvânia Timóteo, as chamadas mulheres de terreiro externaram sua preocupação com o recrudescimento da violência contra as religiões de matriz africana, como o candomblé e a umbanda.
Elas disseram que querem apenas exercer os seus direitos, sem preconceitos e discriminações, como os adeptos de qualquer outro culto, e cobraram ações mais efetivas de todos os setores da sociedade no sentido de combater a intolerância religiosa.
A secretária Olgamir Amancia se solidarizou com a luta das mulheres de terreiro e colocou a estrutura da Secretaria à disposição das comunidades representadas no encontro. “Vocês podem contar com o nosso apoio. A cultura de vocês guarda a sabedoria de nossos ancestrais”, disse a secretária.
Após o debate, a banda de percussão Maria Vai Casoutras, formada só por mulheres, animou o hall de entrada do Cram, botando para dançar não só os participantes da Roda de Conversa, mas também os usuários do Metrô, que deram um tempo no local para assistir ao show. Para completar, foi servido um coquetel.
16 Dias – A campanha dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher foi criada em 1991, por 23 mulheres de diferentes países, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres.
As participantes escolheram um período de significativas datas históricas, marcos de luta das mulheres, iniciando em 25 de novembro, Dia Internacional de Não Violência contra as Mulheres, e finalizando em 10 de dezembro, Dia Mundial dos Direitos Humanos.
Com isso, a campanha une a denúncia e a luta pela não violência contra as mulheres à defesa dos direitos humanos. Hoje, mais de 160 países engrossam essa mobilização, conclamando sociedade e governos a darem um basta à violação dos direitos femininos.
A campanha inclui ainda o 1 de dezembro, Dia Mundial contra a Aids (boa parte dos infectados é formada por mulheres) e o 6 de dezembro, Dia do Laço Branco, reservado para a mobilização dos homens em defesa dos direitos femininos.
Ascom SEM/DF
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