Secretária diz não à violência e conclama todas a denunciar
Representantes femininas de várias denominações evangélicas do DF e Entorno participaram da Roda de Conversa promovida pela Secretaria da Mulher, na tarde desta segunda-feira (9), no Centro de Referência de Atendimento à Mulher (Cram), localizado na estação do Metrô da 102 Sul, no Plano Piloto.
O evento fez parte das atividades dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher, que se encerram nesta terça (10). Além de pastoras e missionárias de Planaltina, Ceilândia e Paranoá, compareceram à Roda de Conversa representantes de comunidades quilombolas da Cidade Ocidental (GO).
Durante o debate, algumas mulheres admitiram já ter sofrido algum tipo de violência, principalmente a psicológica e a moral. As religiosas disseram ainda que as suas igrejas as ajudam a enfrentar essa situação e lhes dão amparo nas horas mais difíceis.
A secretária da Mulher, Olgamir Amancia, conclamou as mulheres presentes a denunciar qualquer ato de violência que venham a sofrer ou que venham a presenciar. “É importante que cada uma de vocês saiba que pode contar com a Secretaria”, afirmou.
Ela ressaltou ainda que as mulheres devem preservar a sua integralidade. “Não podemos ser vistas apenas como mães, esposas ou donas de casas. Temos nossos direitos, e eles devem ser preservados.”
Na abertura, a subsecretária de Enfrentamento à Violência contra a Mulher, Silvânia Timóteo, destacou a importância do Cram no apoio às mulheres. “Nesse espaço aqui vocês podem ter a certeza de que terão sempre proteção”, reforçou ela.
Durante o evento foram distribuídas cartilhas da Lei Maria da Penha. Além disso, houve apresentação musical das ministras de louvor da Assembleia de Deus de Planaltina. Ao final, foi servido um coquetel.
16 Dias – A campanha dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher foi criada em 1991, por 23 mulheres de diferentes países, reunidas pelo Centro de Liderança Global de Mulheres.
As participantes escolheram um período de significativas datas históricas, marcos de luta das mulheres, iniciando em 25 de novembro, Dia Internacional de Não Violência contra as Mulheres, e finalizando em 10 de dezembro, Dia Mundial dos Direitos Humanos.
Com isso, a campanha une a denúncia e a luta pela não violência contra as mulheres à defesa dos direitos humanos. Hoje, mais de 160 países engrossam essa mobilização, conclamando sociedade e governos a darem um basta à violação dos direitos femininos.
A campanha inclui ainda o 1 de dezembro, Dia Mundial contra a Aids (boa parte dos infectados é formada por mulheres) e o 6 de dezembro, Dia do Laço Branco, reservado para a mobilização dos homens em defesa dos direitos femininos.
Ana Carolina Dinardo
Ascom SEM/DF
3425-4779