Olgamir Amancia, secretária de Estado da Mulher, participou nesse sábado, 24, em Ceilândia, da caminhada Rompendo o Silêncio II em comemoração ao Dia Internacional de Enfrentamento a Violência contra a Mulher. A iniciativa é promovida pelo Projeto Raabe, existente em todo o Brasil.
O intuito da ação é chamar atenção da sociedade, ampliar a adesão à causa e mostrar que é preciso quebrar o silêncio e denunciar as diferentes formas de violência que as mulheres enfrentam no cotidiano. Em todo o mundo, pelo menos uma em cada três mulheres já foi espancada, coagida ao sexo ou sofreu alguma forma de abuso durante a vida. Cada vez mais a violência é vista como um sério problema de saúde pública, além de constituir violação dos direitos humanos.
“Geralmente, a primeira violência que a mulher sofre é a psicológia, quando o agressor a desvaloriza ou rebaixa sua autoestima. Com o passar do tempo, as agressões pioram e chegamos à violência física. É um ciclo vicioso que só pode ser quebrado por meio da denúncia”, explicou Olgamir Amancia para as participantes da caminhada.
Ela acrescentou que a mulher prefere acreditar na mudança de comportamento do agressor e não acreditar que essa violência é baseada em uma relação de poder que o agressor impõe a ela, invariavelmente a parte “dominada” desta relação. “Todas as pesquisas mostram que a violência ocorre em uma escalada, até atingir o estágio mais drástico, que é a morte da vítima. Precisamos insistir na reeducação da sociedade, excluindo as várias formas de dominação”.
Olgamir Amancia lembrou que o número de mulheres que denunciam a violência só faz aumentar; “o número de ocorrências policiais também – isso não quer dizer necessariamente que ocorre o aumento de casos; pode, também, significar que as mulheres estão se sentindo mais amparadas pelo Estado a registrar a denúncia”, afirmou.
Para dar total atenção às vítimas de violência doméstica e familiar, em março deste ano, o GDF assinou o Pacto Nacional de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres. As ações do Pacto fortalecem a Rede de Atendimento à Mulher Vítima de Violência, formada pela Secretaria da Mulher e por todas aquelas que se relacionam diretamente com o tema, como Segurança Pública, Saúde, Trabalho, Desenvolvimento Social, Turismo e também instituições como o Ministério Público, Tribunal de Justiça e Defensoria Pública. “Esse formato de trabalho em rede é previsto por uma política nacional que o GDF cumpre à risca, tanto que fomos a primeira unidade da federação a assinar a repactuação neste ano”, relembrou Olgamir Amancia.