Nessa segunda-feira, 18, a secretária de Estado da Mulher do Distrito Federal, Olgamir Amancia Ferreira, participou do 1º Encontro do Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade. O evento reuniu cerca de três mil mulheres de 23 estados que discutiram temas como violência contra as mulheres e a participação feminina na produção de alimentos.
O movimento, criado em 2004, tem como missão a libertação das mulheres trabalhadoras de qualquer opressão e discriminação. Isso se concretiza nas lutas, na organização, na formação e na implementação de experiências de organização popular, onde as mulheres sejam protagonistas de sua história. O movimento tem como preocupação a soberania alimentar, entendida como a produção de alimentos saudáveis e diversificados para o consumo de toda população brasileira, não apenas das famílias das integrantes.
Para Olgamir Amancia, a luta das mulheres camponesas é fundamental para se criar uma sociedade com igualdade de direitos entre homens e mulher. “Estejam as mulheres no campo ou na cidade, precisamos nos movimentar para mudar esse cenário de desigualdade em que vivemos. É por isso que o nosso governo está empenhado nessa luta. Trabalhamos por uma sociedade melhor, de igualdade, que rompa com todas as formas de discriminação e que imponha a necessidade de termos cada vez mais políticas para as mulheres camponesas ou urbanas”, destacou.
De acordo com Justina Cima, uma das coordenadoras do MMC, o encontro é fruto de uma luta histórica de resistência e será um momento de reafirmação da força de organização das mulheres camponesas. “Queremos uma sociedade transformada, onde o projeto de agricultura camponesa seja colocado como projeto de vida para o campo e para a cidade. Essa reflexão nos remete ao compromisso de fortalecer cada vez mais o MMC e a articulação com as demais organizações”, enfatizou a dirigente do MMC.
O 1º Encontro Nacional do Movimento de Mulheres Camponesas do Brasil termina na quinta-feira (21). Sua luta, no entanto, vai além da jornada de trabalho. As camponesas também buscam, dentre uma série de reivindicações, o registro civil para todas as camponesas, a produção saudável de alimentos, tanto para comercialização quanto para consumo e o fim da violência contra elas.
Movimentos sociais e populares, entidades, federações, associações, ONGs e lideranças políticas participaram da abertura do encontro. Também estiveram presentes dez representações de organizações de mulheres da América Latina, América Central, África e Europa.
Nesta terça-feira, 19, Olgamir Amancia voltará ao encontro às 17h. A presidenta da República, Dilma Rousseff, também participará do evento. Além de debates ao longo da semana, o encontro pretende criar um espaço de integração entre as camponesas. Para tanto, haverá mostras de artesanato e comidas, apresentações culturais e oficinas.