Ação reforça trabalho já desenvolvido pela Secretaria da Mulher
Famílias de Taguatinga que passam por problemas de violência doméstica contam com o auxílio da Polícia Militar para a resolução dos conflitos. O programa, chamado “Educação para a Cidadania e Segurança” (Educs), é coordenado na cidade pelo 2º Batalhão da PM e consiste em policiamento, fiscalização e acompanhamento dos agressores e das vítimas.
“Vamos nessas casas onde ocorreram a violência para saber dos envolvidos porque ela começou, o que é possível fazer para cessar a violência e para que não chegue a estágios mais avançados. Se preciso for, voltamos com frequência para fiscalizar o agressor e, se for o caso, mantê-lo longe”, explicou o gestor do projeto no 2º Batalhão, sargento Sérgio Alves.
Valesca Leão, secretária da Mulher do DF, avalia que a iniciativa reforça a ampla participação do Estado em defender e proteger as mulheres vítimas de violência. “Com este trabalho desenvolvido pela Polícia Militar, investimos na humanização do atendimento às vítimas e, principalmente, na reeducação dos agressores”, resume a secretária.
Ela ainda lembra que o programa se soma ao trabalho realizado nos Núcleos de Atendimento à Família e aos Autores de Violência Doméstica (Nafavd), cujo objetivo oferecer acompanhamento psicossocial às famílias em situação de violência doméstica encaminhadas pela Casa Abrigo, Juizados Especiais Criminais e Varas de Violência Doméstica do Tribunal de Justiça do DF e Territórios (TJDFT), além do Ministério Público do DF e Territórios (MPDFT).
O Educs está disponível para toda a população de Taguatinga e é desenvolvido com base em ocorrências feitas na delegacia ou pela central 190. A partir do registro, policiais da corporação passam a fazer visitas constantes às famílias.
Estatísticas – Dados divulgados pela Secretaria de Segurança Pública do DF apontam que no período de janeiro a fevereiro de 2012 e 2013, Taguatinga apareceu em terceiro lugar das regiões administrativas com maior incidência de violência doméstica.
O Educs conta com o apoio da Administração Regional de Taguatinga, Conselhos Tutelares, Promotorias, Central de Atendimento à Mulher, CRAS, regionais de ensino, Secretaria de Justiça – por meio do Pró-Vítima -, além de entidades não-governamentais.
“A violência não está só nas ruas, muitas vezes ela começa dentro de casa, por isso a importância deste projeto de combate à violência doméstica e a educação acima de tudo”, destacou o administrador de Taguatinga, Marco Aurélio Bessa.
Com informações da Agência Brasília